HORA CERTA

terça-feira, 24 de julho de 2007

HISTÓRIA DA FEB - CARTÕES DO SABÃO EUCALOL

Coloco aqui os cartões que vinham na caixa do sabão Eucalol, que mostram a História da FEB na campanha da Itália na Segunda Guerra Mundial, e os textos contidos no verso de cada cartão. Uma raridade muito interessante.

CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR (botão direito do mouse - abrir em uma nova aba)

Cartão 1

9 - VIII - 1943

Força Expedicionaria Brasileira


Declarada a guerra, ao Eixo, tornou-se necessário enviar forças militares para combater o inimigo, na Europa. Ao então Ministro da Guerra, Gal. Eurico Dutra coube a incumbencia de organisar a Força Expedicionária Brasileira, tropa selecionada do nosso Exercito e que se tornou mundialmente famosa como"FEB".

Cartão 2

2 - VII - 1944

"General Mann" transatlantico armado em transporte de guerra

A bordo do transatlântico "General Mann" armado em transporte de guerra norte-americano, os nossos pracinhas que partiam para os campos da Itália, receberam a visita do Presidente Getulio Vargas.

Cartão 3

16 - VII - 1944

Chega a Nápoles (Itália), o 1º escalão da FEB


Depois de uma viagem sem dificuldades, graças a escolta dos nossos vasos de guerra em colaboração com unidades americanas e inglesas, chegou a Napoles o 1º escalão da FEB, precedendo ao 2º, 3º e 4º escalões, num total de 25.334 homens para lutar contra os Alemães, na Itália.

Cartão 4

Hasteada em 19 de julho de 1944 a bandeira em solo Europeu

A 19 de julho de 1944, presidida pelo General Mascarenhas de Morais, Comandante em Chefe da FEB, foi hasteada com indisivel patriotismo a Bandeira do Brasil em território Europeu, pela primeira vez em toda a nossa Historia.

Cartão 5

Incorporação da FEB ao 5º Exercito dos EE.UU.

A 5 de agosto de 1944, com as formalidades regulamentares, o 1º escalão da FEB foi incorporado ao 5º Exercito dos EE.UU., tropa de escol sob o comando do general Mark Clarck e que já obtivera grandes vitórias na África.

Cartão 6

O distintivo do 5º Exercito e da FEB

A gravura do verso nos mostra os distintivos que irmanaram dois povos na luta contra o inimigo comum: o do 5º exercito Americano e o da FEB, representado por uma cobra fumando um cachimbo. "Cobra fumando é uma expressão pitoresca muito usada pelos soldados, nos quartéis".

Cartão 7

19 - VIII - 1944

Winston Churchill visita Mascarenhas de Morais

A gravura focalisa o momento em que o Gal. Mascarenhas de Morais, recebia em Tarquinia, a visita de Winston Churchill, 1º Ministro inglez e uma das mais destacadas personalidades da Historia Contemporânea.

Cartão 8

16 - IX - 1944

Pracinhas brasileiros entram na cidade de Massarosa, na Itália

A gravura representa a entrada de pracinhas brasileiros na cidade de Massarosa, na Itália. Esta foi a primeira localidade capturada pela FEB graças a uma arriscada ação da 2ª Cia. do 6 º Regimento de Infantaria, sob o comando do Capitão Alberto Tavares da Silva.

Cartão 9

24 - IX - 1944

O Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra visita a FEB

A FEB recebeu também a visita do Ministro Eurico Dutra. A gravura mostra o momento em que o Ministro da Guerra aprovava o distintivo da "cobra fumando". Numa homenagem ao Brasil, os Generais dos Exércitos das Nações Unidas entregaram-lhe o comando geral das operações, durante a sua estadia.

Cartão 10

"Zé Carioca" o jornal dos pracinhas

Para maior contentamento dos nossos pracinhas, foi fundado no acampamento da FEB um pequeno jornal, mimiografado, com noticiário o mais variado possível. Tal jornal chamava-se "Zé Carioca".

Cartão 11

A Religião Católica na FEB

Atendendo a que a maioria da população brasileira é Católica, a FEB possuía também um perfeito serviço religioso para maior conforto espiritual dos pracinhas católicos.

Cartão 12

Montese, Castelnuovo e Monte Castelo, tomadas pela FEB

O mapa, do verso, dá uma idéia da região onde atuaram os soldados brasileiros. Distinguem-se, entre outras, as localidades de Montese, Castelnuovo e Monte Castelo, tomadas pela FEB. Vê-se assinalada a região onde foi aprisionada pela FEB a 148ª Divisão de Infantaria Alemã.

Cartão 13

A tomada de Monte Castelo

A gravura mostra alguns pracinhas descançando antes da subida para a tomada de Monte Castelo, glorioso feito de nossas armas, na Itália, em terreno difícil e montanhoso, contra um inimigo poderoso e bem localisado.

Cartão 14

Aviões atiram alimentos em caixinhas para a sentinela avançada

A sentinela avançada, por sua localização distante e perigosa, recebia os alimentos em caixinhas como a que se vê na gravura, as quais eram jogadas por aviões.

Cartão 15

Serviço de transmissões da FEB

O serviço de Transmissões, da FEB, manteve impecável ligação entre os diversos escalões da tropa. A gravura nos mostra um posto de radio, em campanha, em pleno funcionamento.

Cartão 16

O problema de Suprimento é de capital importância

Em qualquer campanha o problema de Suprimento é de capital importância. Dotada de uma organisação modelar em todos os sentidos, a FEB nada deixou a desejar, embora fosse a 1ª vez que nossas forças lutavam fora do continente.

Cartão 17

Defesa anti-aerea da FEB em ação

Em virtude do progresso da arma aérea, nesta guerra, todas as forças em operações deveriam possuir recursos indispensáveis e uma perfeita segurança contra raids aéreos. Vemos no verso, uma peça anti-aerea da FEB, em ação.

Cartão 18

Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira

O serviço de Saúde, da Força Expedicionária Brasileira, se fez presente em todos os Hospitais da linha de frente, em colaboração com o serviço de Saúde das Nações Unidas.

Cartão 19

19 - VIII - 1944

Na Hora do "rancho"

A hora do "rancho", como são conhecidos os momentos das refeições, entre os soldados, é sempre recebida com prazer. Em plena campanha, mesmo com "a cobra fumando", os nossos pracinhas recebiam com satisfação as suas refeições, graças ao impecável serviço da FEB.

Cartão 20

O General Inverno

Um dos maiores inimigos dos nossos pracinhas, foi o frio. Os nossos soldados se referiam à ele, chamando-o General Inverno. Mesmo assim, com neve e um frio jamais imaginado, os nossos soldados se conduziram com o ardor que sempre caraterizou nossos militares. A gravura mostra alguns oficiais brasileiros treinando Sky.

Cartão 21

8 - XI - 1944

Sir Alexander, Gal. Inglez, Comandante do XV Grupo de Exércitos

A FEB recebeu a visita honrosa de Sir Alexander, Gal. Inglez, Comandante do XV Grupo de Exércitos. Teve ocasião de ser homenageado com um almoço, pela FEB, debaixo de violento bombardeio alemão. O Gal. Alexander, teceu os maiores elogios a bravura dos comandados do Gal. Mascarenhas.

Cartão 22

Desfile de soldados americanos e brasileiros

A gravura mostra um desfile de soldados americanos e brasileiros assistido pelos seus comandantes: Gal. Mark Clarck e Gal. Mascarenhas de Morais, famosos cabos de guerra que passarão a historia, como um exemplo de patriotismo a ser seguido pelas gerações futuras.

Cartão 23

A coragem, e o sangue frio dos brasileiros

Enfrentando os mais poderosos e modernos engenhos de guerra, por ocasião da tomada de Monte Castelo, os nossos pracinhas mostraram ao Mundo a coragem, o sangue frio e o patriotismo tão peculiares aos brasileiros e que nos foram legados por Caxias, Barroso e "outros heróis que honram a nossa historia".

Cartão 24

Um "ninho" de metralhadoras, dos nossos pracinhas

A gravura mostra um "ninho" de metralhadoras, dos nossos pracinhas, em plena campanha, levando ao inimigo, na certeza de suas pontarias, a prova mais eloqüente de que há um povo viril nesta parte do Atlântico.

Cartão 25

Força Aérea Brasileira na vigilância aos comboios

Seria injusto deixar de mencionar o papel preponderante que teve a Força Aérea Brasileira, quer na vigilância aos comboios quer nos ataques diretos às tropas e às posições inimigas.

Cartão 26

Ação da Engenharia Brasileira

A engenharia militar brasileira teve atuação destacada, em campanha. A ponte de Sila, nas proximidades de Monte Castelo, tinha de ser reparada diariamente, pois os alemães a mantinham sob permanente fogo de seus canhões para impedir o avanço da FEB.

Cartão 27

As minas como engenhos de guerra

Um dos engenhos de guerra que maior porcentagem de baixas causou na Itália, foram, as Minas. Os Jeeps, quando atingidos, iam pelos ares, destroçados. Aos poucos, a pratica foi ensinando que um dos recursos mais eficazes era o da colocação de sacos de areia, no fundo dos veículos, para amortecer o choque causado pela explosão.

Cartão 28

A tomada de Monte Castelo o maior feito da campanha da Itália

A resistência tremenda de Monte Castelo realça ainda mais a vitória final da FEB. Repelidos duas vezes, os nossos pracinhas na terceira tentativa conseguiram dominar a praça, alcançando uma vitória que se transformou num dos maiores feitos da campanha da Itália e, também, das armas brasileiras.

Cartão 29

Uma patrulha Brasileira aprisionada pelos alemães

Houve uma patrulha brasileira que, aprisionada dentro das linhas alemães, reagiu, conseguiu criar uma situação de pânico para o inimigo e ainda trazer dois prisionairos, de volta. Essa patrulha foi condecorada por ato de bravura.

Cartão 30

Os nossos pracinhas e os ataques aéreos alemães

Os nossos pracinhas eram castigados duramente pelos ataques aéreos alemães. A gravura nos deixa ver alguns soldados da FEB atirando-se ao solo, considerando que esse ainda é uma dos recursos mais eficientes contra o ataque aéreo.

Cartão 31

21 - II - 1945

A gloriosa Bandeira Brasileira nos cumes de Monte Castelo

A gloriosa Bandeira Brasileira, desfraldada ao vento nos cumes de Monte Castelo, foi para todos os brasileiros o desagravo que desejávamos contra o impiedoso sacrifício de nossos patrícios quando do torpedeamento de nosso barcos mercantes.

Cartão 32

Prisioneiro o Gal. Alemão Otto Fretter Pico

Ao comando da FEB, na Itália, foi apresentado como prisioneiro de guerra o Gal. Alemão Otto Fretter Pico, comandante da 148ª D.I. e do restante de uma D.I. Italiana. O gal. Pico fez-se acompanhar por 31 oficiais do seu Estado Maior e rendeu-se por julgar inútil resistir ao ímpeto avassalador de nossas forças.

Cartão 33

A FEB na campanha da Itália fez 20.573 prisioneiros de guerra

A Força Expedicionária Brasileira, na campanha da Itália, fez 20.573 prisioneiros de guerra, num total quase igual ao que enviamos à Europa, o que demonstra cabalmente o valor de nossos soldados. Também farto material bélico aprisionado ao inimigo.

Cartão 34

Em Fornovo a FEB aprisionou os remanescentes do "Afrika Corps"

Na área de Fornovo a FEB aprisionou os remanescentes do "Afrika Corps" tropa de elite alemã que serviu sob o comando do famoso general Von Rommel, cujas rápidas avançadas e retiradas em solo africano valeram-lhe o apelido de "a raposa do deserto".

Cartão 35

A FEB apreendeu ao inimigo 1.000 veiculos e 4.000 cavalos

A FEB conseguiu apreender ao inimigo copioso material bélico. Nos dezenove dias de ofensiva, na primavera, foram capturados 1.000 veiculos, 4.000 cavalos além de abundante material de saúde e intendência.

Cartão 36

Utilisado pelos heróis da FEB este novo engenho de guerra

A Bazooka foi um dos engenhos de guerra de grande poder mortífero mais utilizados nesta guerra. A gravura nos dá uma nítida idea de seu funcionamento, vendo-se dois pracinhas da FEB utilizando-a contra um objetivo.

Cartão 37

Padioleiros transportando um ferido em combate

O serviço de saúde da FEB merece uma referencia especial. Todo o seu pessoal foi de uma dedicação à toda a prova e portou-se com um heroísmo inexcedível. Vemos no verso, um grupo de padioleiros transportando um companheiro ferido em combate.

Cartão 38

Em Pistoia, na Itália, descançam alguns heróis brasileiros

Na localidade de Pistoia, na Itália, descançam alguns heróis da Força Expedicionária Brasileira, bravos patrícios que lutaram e morreram para que a Liberdade - maior bem do homem - pudesse continuar entre os povos de boa vontade.

Cartão 39

18 - VII - 1945

Os pracinhas cheios de glorias voltam ao Brasil

A maior manifestação publica já registrada no País, teve lugar quando os nossos pracinhas voltaram da Europa. Massa compacta de povo acudiu as ruas centrais da cidade para dar as boas vindas aos heróis que regressavam vitoriosos, inscrevendo outro episodio glorioso, na já gloriosa "Historia do Brasil".

Cartão 40

Em 29 de outubro de 1945 foi deposto o Presidente Vargas

Para evitar que perdurasse a situação em que se encontrava o País, as forças armadas, irmanadas, no dia 29 de outubro de 1945, depuzeram o Presidente Getulio Vargas que foi substituído pelo Dr. José Linhares, Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Cartão 41

O grande pleito de 2 de dezembro de 1945

No dia 2 de dezembro de 1945, foram realizadas as eleições para Presidente da Republica. A elas concorreram como principais candidatos o Brigadeiro do Ar Eduardo Gomes, um dos "18 do Forte" e o general Eurico Gaspar Dutra, que foi eleito em sensacional pleito.

Cartão 42

Eleito Presidente da República o general Eurico Gaspar Dutra

Eleito em 1945, o general Dutra deverá governar o país até 1950.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Last Best Hope - Video

Este vídeo é simplesmente incrível, e relata muito bem a situação de perseguição pela qual os judeus passaram naqueles dias nefastos.
3D photo cenários e reconstituições usadas para ilustrar as histórias vividas por sobreviventes durante a Segunda Guerra Mundial. E que foram utilizadas no filme Last Hope. Este vídeo pode ser visto no site oficial http://www.erik-lauritzen.com/lbh.html.

Dia D - Vídeo II

Ótimo vídeo editado com cenas e imagens reais do canal History Channel, mostrando como ocorreu a operação Overlord que resultou no Dia D, a vitória veio ao custo de muitas vidas de soldados que se perderam nas praias da Normandia.

O Dia D - Vídeo I

Vídeo editado usando trechos dos filmes "A Lista de Schindler" e o "Resgate do Soldado Ryan", mostrando como os nazistas perderam a guerra em um ataque decisivo dos Aliados no dia D que ficou marcado para sempre, como o dia mais importante da História do Século XX.

Dica de Documentário - Um Brasileiro no Dia D

A Segunda Guerra Mundial sempre despertou grande interesse para o músico dos Paralamas do Sucesso, João Barone. Filho de ex-combatente, se dedicou de forma apaixonada ao assunto, paralelamente à música. Ao longo de anos, leu muitos livros e viu a maior parte dos filmes e documentários sobre este culminante momento da humanidade. Hoje é colaborador da revista Grandes Guerras, da editora Abril.

Em junho de 2004, João Barone realizou o sonho de qualquer entusiasta na Segunda Guerra Mundial: fez uma viagem com seu jipe - despachado via aérea - saindo do Rio de Janeiro até as praias da Normandia, onde ocorreu o histórico desembarque aliado em 1944, o célebre Dia D. Aproveitando as celebrações de 60 anos desta data histórica, Barone gravou a jornada na forma de documentário, que finalmente chega às bancas no dia 23 de novembro, lançado pela série de dvds da revista Aventuras na História - Grandes Guerras, da Editora Abril.

Intitulado "UM BRASILEIRO NO DIA D", o documentário de 55 minutos relata uma viagem através do tempo, com uma narrativa dinâmica e emocionante, onde Barone encontra o único brasileiro conhecido que participou do Dia D: o franco-brasileiro Pierre Closterman - nascido em Curitiba em 1921, falecido em março de 2006 - que foi o maior ás da aviação francesa durante o conflito.

Entre belas paisagens da região, passando pelos locais emblemáticos da costa da Normandia, Barone encontra veteranos, cidadãos comuns e testemunhas da época, registrando tudo com depoimentos emocionantes e verdadeiros, que levam ao espectador uma lição totalmente anti-belicista. Barone resume este trabalho como um "road movie histórico", tentando incluir o Brasil no contexto de um importante episódio da história universal. "É preciso lembrar e valorizar tudo que aconteceu naquela época, para que as gerações atuais e futuras não esqueçam jamais."


Com mais de duas horas de duração, o dvd traz além do documentário, vários extras: cenas adicionais, making of, infotextos e a entrevista completa com Pierre Closterman. A direção foi de Victor Lopes ("Língua"), fotografia de Jaques Cheuiche, co-direção, roteiro e trilha sonora original assinadas pelo próprio Barone. O documentário foi produzido pela TvZero, Sambascope e João Barone.


Dica de Livro - Guerrilheiros Judeus na Segunda Guerra Mundial

OS IRMÃOS IZAK E NATAN KIMELBLAT ESTÃO LANÇANDO O LIVRO ‘GUERRILHEIROS JUDEUS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL’. ELES SE JUNTARAM A UM GRUPO DE VINTE E OITO ‘PARTISANS’ (GUERRILHEIROS ANTIFASCISTAS) PARA COMBATER A OCUPAÇÃO NAZISTA NA EUROPA ORIENTAL, QUE DUROU DE FINS DE 1939 A ABRIL DE 1945. EM DOIS BLOCOS DE ENTREVISTA NO PROGRAMA DO JÔ, ELES FALARAM QUE A PRINCIPAL OCUPAÇÃO DOS PARTISANS ERA A SABOTAGEM, VISANDO A MINAR A RESISTÊNCIA DO INIMIGO E COMPROMETER SUA LOGÍSTICA. NO TELÃO, FORAM EXIBIDAS FOTOS DO LIVRO.

Contato do Autor: kimelrj@gmail.com

história de luta na Segunda Guerra

João Ricardo Gonçalves - O DIA ONLINE

Rio - Uma história da II Guerra Mundial que quase ainda não foi narrada em língua portuguesa acaba de virar livro, pelas mãos dos próprios protagonistas. Aos 85 e 84 anos, respectivamente, os irmãos Izak e Natan Kimelblat contam no livro ‘Os partisans — Guerrilheiros judeus na Segunda Guerra Mundial’, como se transformaram de sobreviventes do massacre que dizimou habitantes de sua cidade natal em autores de uma resistência heróica aos nazistas.

À venda desde a semana passada, a obra foi inspirada pelo desejo dos irmãos, que vieram para o Rio depois da guerra, de contar o que pouca gente sabe: maiores vítimas do conflito, os judeus também resistiram, às vezes até com armas, ao extermínio.

O livro começou a ser escrito há cerca de três anos e meio. Ele relata como os irmãos, então com cerca de 20 anos de idade, se juntaram a um grupo de guerrilheiros judeus (partisans) na Ucrânia. “Depois de treinados, enfrentamos nazistas, às vezes, com táticas de guerrilha”, lembra Natan. Em alguns momentos a dupla escapou da morte por pouco: “Consegui me esconder embaixo de tábuas e o meu irmão fugiu correndo, enquanto balas furavam seu paletó”, lembra Izak, referindo-se ao dia em que os dois fugiram para a floresta. Durante o período de resistência, os irmãos tiveram ainda febre tifóide, foram baleados e enfrentaram frio rigoroso.

Link da Entrevista no Jô Soares - Site da Globo.com

sábado, 21 de julho de 2007

Dica de Leitura - O inverno da guerra - Joel Silveira



O inverno da guerra (2005)


“Ao contrário do poeta, não foi exatamente por delicadeza que naqueles quase nove meses perdi parte de minha mocidade, ou o que restava dela. A guerra, repito, é nojenta. E o que ela nos tira (quando não nos tira a vida) nunca mais nos devolve.”

O ano era 1944. Na assolada Europa a Segunda Guerra Mundial já se encontrava nos princípios de um agonizante fim. No Brasil, o presidente dos “Diários Associados” (um enorme conglomerado empresarial da imprensa à época), Assis Chateaubriand, convocou o jornalista Joel Silveira para a cobertura das incursões da Força Expedicionária Brasileira na Itália fascista do tresloucado Mussolini; e o fez com as seguintes palavras, diante do já fardado jornalista de 26 anos: “Silveira, me faça um favor de ordem pessoal. Vá para a guerra mas não morra. Repórter não é para morrer, é para mandar notícias.”

E com esta ordem seguiu para a Itália o jovem e competente correspondente de guerra, que lá se juntou a Rubem Braga (Diário Carioca), Egydio Squeff (O Globo) e Thassilo Mitke (da Agência Nacional), além de ter convivido com muitos outros repórteres compatriotas e de outros países.

Escritos em forma de diário, alguns dos melhores textos de Joel são trazidos neste intenso e singular livro, onde nos são mostrados, com simplicidade e um certo lirismo, a rotina no front e o deslinde dos avanços da FEB. Tais relatos foram originalmente publicados no mesmo ano em que a Segunda Grande Guerra havia terminado – 1945 - no livro “Histórias de Pracinhas”. A atual edição, trazida pela Objetiva (vide foto acima), conta com um maravilhoso e inédito texto autor, que apresenta - com muita sensibilidade - a obra ao leitor, servindo também como um singelo desabafo aos anos e anos de comentários insensíveis e impensados, que insinuavam ter sido um mero “passeio” a participação do Brasil na guerra, bem como classificando como “fácil” o trabalho dos correspondentes na Itália.

“O inverno da guerra” pertence a uma primorosa coleção chamada “Jornalismo de Guerra”, da editora Objetiva, inaugurada com “A Queda de Bagdá”, de Jon Lee Anderson e que também conta com o excelente “O Gosto da Guerra”, de José Hamilton Ribeiro, repórter brasileiro que cobriu a guerra do Vietnã. Vale a pena dar uma olhada nesta arrebatadora coleção, que promete lançar os mais fortes e célebres relatos dos maiores conflitos bélicos dos séculos XX e XXI.

Enfim, este relato de Joel Silveira é indubitavelmente uma ótima oportunidade para conhecer, mesmo que superficialmente, alguns aspectos de um dos mais importantes episódios da história do Brasil, às vezes tão injustamente esquecido ou menoscabado.

Brasileiro - Povo sem Memória

Quando leio um texto como este, fico imaginando como pode um povo não ter memória, e ver que é este o grande motivo da situação atuação do nosso País.
Dedico este humilde site aos Pracinhas brasileiros que lutaram bravamente e se sacrificaram pelo sonho de um mundo melhor e mais humano.


Brasileiros não reconhecem participação dos pracinhas na Segunda Guerra

A falta de oportunidades para relatar suas experiências e falar sobre a guerra aumentou a amargura dos pracinhas, que sofrem com o esquecimento da sociedade sobre sua história

O Brasil não soube reconhecer o sofrimento suportado pelos pracinhas durante a Segunda Guerra Mundial, tampouco o empenho por eles empreendido nas batalhas. O país também não deu voz para que os veteranos pudessem contar suas experiências. A avaliação é do historiador Cesar Campiani Maximiano, que passou seis anos realizando entrevistas e coletando material sobre a experiência de guerra dos soldados brasileiros que sobreviveram aos combates na Europa, entre 1944 e 1945.

Munidos de fuzis e do idealismo típico da juventude, cerca de 25 mil brasileiros embarcaram para as frentes de combate italianas e arriscaram suas vidas para derrubar os regimes nazi-facistas europeus. "Eles acreditavam que, lutando contra Hitler e Mussolini, dariam sua contribuição para a construção de um mundo melhor", explica Cesar, que defendeu tese de doutorado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFLCH) da USP.

Segundo o historiador, o reconhecimento reclamado pelos veteranos não são superproduções cinematográficas sobre a guerra nem grandes paradas militares - típicas dos norte-americanos. Cesar diz que os pracinhas gostariam apenas que a Força Expedicionária Brasileira (FEB) - nome que se deu à divisão de infantaria do exército brasileiro enviada à Itália sob comando de Washington - fosse mais lembrada pela população e também melhor estudada nas escolas.

"Os pracinhas acreditavam que, lutando contra Hitler e Mussolini, dariam sua contribuição para a construção de um mundo melhor"

O esquecimento, continua Cesar, ocorre principalmente porque os ex-combatentes da FEB não tiveram a oportunidade de relatar suas experiências de guerra. "Os veteranos não tiveram voz, provavelmente porque eram pessoas simples, em sua maioria trabalhadores e operários sem muito estudo, cuja opinião não costuma ser ouvida pela sociedade brasileira", explica Cesar.

Lado humano da guerra
Um dos principais motivos que levaram Cesar a estudar o tema foi a pouca informação que se tem sobre a experiência e a vivência dos soldados brasileiros nas frentes italianas. Para ele, a história produzida sobre a participação do Brasil na guerra peca por ser desequilibrada - ou possui um caráter laudatório ou depreciativo.

Escutar o que os veteranos têm a dizer, segundo Cesar, foi um dos pontos mais complicados da pesquisa devido à dificuldade de comunicação que se impõe sobre pessoas que passaram por experiências completamente distintas. "É extremamente difícil para uma pessoa que sempre viveu em situações de paz entender o que um soldado sente durante a guerra."

Além disso, os veteranos costumam ser pessoas fechadas, que carregam consigo grande carga de recordações traumáticas. Dentre elas, o historiador enumera transtornos psicológicos chamados "neuroses de guerra" - que levaram muitos a cometerem suicídio após retornarem da Europa. A proximidade e a convivência com a morte também é uma das recordações mais lembradas pelos pracinhas.

"Eles matavam e viam gente morrendo o tempo todo. Muitas vezes também tinham de se alimentar e dormir ao lado de cadáveres. Essa situação brutalizava os soldados, tornando ainda mais complexa sua readaptação à sociedade", explica Cesar.

FONTE: Site da USP

terça-feira, 17 de julho de 2007

Dica de filme para Alugar ou Comprar - A Cobra Fumou

A "Cobra Fumou", neste Filme - Documentário, o diretor Vinícius Reis relembra a atuação das tropas brasileiras na 2ª Guerra Mundial, através de declarações de veteranos e passagens por locais na Europa onde as tropas estiveram presentes.
É uma ótima pedida alugar ou comprar esse Dvd e ter em casa para ver a qualquer hora.


239 dias de combate na Itália...
20.573 inimigos aprisionados... 465 mortos em combate...
...e a cobra fumou!!!




Ficha Técnica
Título Original: A Cobra Fumou
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 94 minutos
Ano de Lançamento (Brasil):
2002
Site Oficial: www.bsbcinema.com.br
Estúdio: BSB Cinema / Limite Produções / Raccord Produções
Distribuição:
Direção: Vinícius Reis
Roteiro: Vinícius Reis
Produção: Renato Oliveira, Clélia Bessa e Luis Vidal
Música: Ubirajara Cabral
Fotografia: Marcelo Guru Duarte
Edição: Ana Teixeira e Mauro Adamczyk

Elenco
Bete Mendes (Narradora)
Vinícius Reis (Comentários)

Sinopse
Em novembro de 1999, uma equipe de cinema vai do Rio de Janeiro a Brasília para documentar o 11º Encontro Nacional dos Veteranos da 2ª Guerra. A equipe retorna ao Rio de Janeiro e inicia uma série de entrevistas com veteranos e ex-combatentes, que contam suas experiências no front da Itália, um país arrasado pelo conflito e em cujo território ainda havia exércitos nazi-fascistas. Em fevereiro de 2000, a mesma equipe segue para o norte da Itália para documentar as cidades por onde as tropas brasileiras passaram, nas regiões da Emilia Romana e da Toscana.

Curiosidades
- É o primeiro longa-metragem do diretor Vinícius Reis.

- A Cobra Fumou é o 2º filme de uma trilogia produzida pela BSB Cinema sobre a participação do exército brasileiro na 2ª Guerra Mundial. O filme anterior fora Senta a Pua! (2000).

- Foi exibido na mostra Première Brasil, do Festival do Rio 2002.

FEB Heróis Esquecidos

Vídeos do youtube, mostrando como foi difícil e ainda é para os Pracinhas Brasileiros a vida pós-guerra no Brasil, sem reconhecimento e sem a dignidade merecida por estes verdadeiros heróis.
Não é de se surpreender que o Brasil esteja na situação que esta hoje, "Um Povo sem memória e sem alma, não se levanta!!!




COMO TUDO COMEÇOU...

Lembro que desde criança já era fascinado pelo tema Segunda Guerra Mundial, cresci ouvindo meu pai, ex-militar e apaixonado sobre o assunto, contar diversas histórias sobre o maior conflito bélico que a Humanidade já presenciou, e que rezo para que nunca mais aconteça. Tudo ocorreu entre 1939 e 1945. Ele contava sobre um homem que deixou o poder subir a cabeça, ao ponto de ultrapassar os limites da loucura e desejar dominar o mundo todo, este era Adolph Hitler, naquele tempo eu não conseguia entender como alguém podia cometer tantas atrocidades.
Mas como toda história, esta além de vilões, tinha muitos heróis, estes eram chamados de Aliados, pessoas com coragem suficiente para lutar por terra, céu e mar, e se opor a barbárie imposta por Hitler e seus comparsas do Eixo aos povos da Europa, e Ásia, incluindo a Rússia (antiga União Soviética) e a China.
Se do lado do inimigo eles tinham o apoio da Itália de Mussolini e do Japão de Hirohito, do lado dos Aliados tinhamos Churchill, britânico que desempenhou papel fundamental, organizando a defesa de Londres contra o cerco nazista, e incansavelmente pedindo que os Estado Unidos entrassem na Guerra, o que segundo ele seria crucial para a derrota da Alemanha Nazista, e foi o que ocorreu, quando na manhã de 7 de Dezembro de 1941 a Marinha Japonesa atacou a base americana de Pearl Harbor no oceano pacífico, marcando a entrada dos Estados Unidos na Guerra e o ínicio da Guerra do Pacífico.
E o reforço veio através de personagens como Einsenhower, Macarthur, Patton, que contaram com o apoio da França e na França Ocupada dos partisans da Resistência Francesa, do Brasil com a Força Expedicionária Brasileira, que teve papel importante com a tomada de Monte Castelo pela infantaria da FEB e no ar com os pilotos do esquadrão de caça "Senta Pua" da FAB, e de muitos outros países, listados abaixo:

Após a Invasão da Polônia em 1939
Depois da Guerra Phony em 1940

Depois do ataque a Pearl Harbor em 1941

Depois da declaração das Nações Unidas em 1942

Depois do Dia D em 1944

Fonte: Wikipédia

Com um apoio desses, não poderia dar em outra, Hitler assistiu a derrota da sua Alemanha Nazista pouco a pouco, mas a batalha no teatro de operações da Segunda Guerra teve muitos capítulos, até o dia do Japão assinar a rendição, após a detonação daquela que seria a maior arma já usada até então, a Bomba Atômica.
Isso tudo será mostrado e discutido aqui no Blog.

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